sexta-feira, 3 de abril de 2009

A puta.



Nua e crua a donzela desce a rua,
Com o esperma ainda quente entre as pernas,
Cansada de mais um dia de trabalho,
Tanto caralho, tantos bares e tabernas.

Nua e crua a donzela se situa
Entre o prazer e o desconforto da profissão
Sorrisos falsos e gozos fingidos
Suspiros doces e gemidos sem razão.

Nua e crua com a tristeza que é só sua
A donzela espantada a observar
Inquieta as novas putas que se deitam sem cobrar.

Nua e crua vem a noite sem a lua
E a donzela continua sua procura
Por um amor (que não a dor) mas sim a cura.

2 comentários:

  1. Caralho. Esse poema é realmente bom, deixou-me boquiaberto e lembrou um pouco do estilo de escrita que curto. O que mais poderia dizer a não ser um sincero e clichê parabéns?

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  2. Muito foda!

    Escreve maravilhosamente bem!

    Parabéns!

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