segunda-feira, 24 de maio de 2010

O Tarado.

Era uma vez um tarado que pegava o metrô todo dia as sete da manhã.

Ele era um cara normal, trabalhava 40 horas por semana e pagava seus impostos em dia.

Se bem que considerar alguém como “normal” é muito relativo nos dias de hoje.

Na sociedade moderna, todos nós somos psicopatas em potencial.

Mas naquele dia em especial o tardado estava triste. Não havia conseguido encoxar ninguém e não havia assentos livres perto de mulheres bonitas.

Decidiu trocar de vagão para ver se sua sorte mudava. E mudou. Havia um lugar disponível ao lado da garota mais bonita do trem.

Sem pensar duas vezes correu até lá e sentou-se ao lado dela.

Mal começou a roçar a perna discretamente na perna dela e ela levantou-se, sem ao menos olhar para ele.

-Menos mal que na próxima estação sobem umas estudantes - ele pensou.

Ficou ansioso aguardando quem seria sua vítima, com o suor descendo frio e o coração palpitando.

Quando parecia que nada poderia piorar sua situação, eis que do nada surge um pedreiro suado e de regatas, indo para a obra, e senta-se do seu lado.

Era o fim.


Game Over.

terça-feira, 13 de abril de 2010

A reunião

Numa bela tarde ensolarada, Éotchan, Boquinhadagarrafa, Tictictictac, Dançadamanivela, Opimpolho,. Requebrarequebrarequebrasim, Vermelhouocurral, Inaraí, Cohabcity, Joguesuastrançasdemelrapunzel, Derererê, Caracarambacaracaraô,Ondaondaolhaaonda e Tofracotofracotofracotofracotofracoooooooooo se reuniram para uma sessão extraordinária.

Como de praxe, Éotchan tomou a palavra:

-Caros colegas; estamos aqui reunidos, para que juntos, podermos decidir que rumo tomar nessa nova década que se inicia.

Precisamos definir que rumo daremos à nossas vidas, já que passamos 10 anos no ócio, e muitas pessoas já nem sabe quem somos, e nem conhecem nosso passado vitorioso.

Precisamos voltar aos velhos tempo, quando havia a banheira, quando aparecíamos no sabadão, no faustão e até na xuxa.

Nesse momento Tictictictac pede a palavra:

- Dando continuidade ao discurso do nobre colega, creio que devemos midar nossa abordagem, visto que nossas “musas” ou viraram crentes, ou mulher de pagodeiros ou de ex-atletas. Precisamos criar o axéuniversitário, meus caros.

Então, sentindo-se contrariado, Derererê toma de assalto o microfone e trata de defender-se:

- Nobres colegas de bancada; em primeiro lugar nem eu e nem Inaraí e Cohabcity nos enquadramos no digníssimo gênero do Axé. Em segundo lugar, só estou me relacionando com uma ex musa do movimento, porque fui abandonado pela minha mulher, e pelos “colegas” do morro quando “caiu a casa”, a alguns anos atrás.

Creio que se desejamos recuperar nosso público e nosso prestígio, e para que eu possa voltar a ser um sex simbol, devemos concentrar nossas forças para combater o Rebolation e Aabsoluta, e enfim passar a perna no Calipso e suas vertentes.

Tão logo acabou seu discurso Derererê foi ovacionado.

Acabou ai a primeira reunião de cúpula do grupo.

Passados alguns dias, o grupo todo foi presente na reunião foi preso. Acusação: Estavam tramando contra a corrente cultural predominante.

Cada um em sua cela foi imaginando como foram descobertos. E todos chegaram a mesma conclusão:

- Fomos traídos.

Enquanto isso,não muito longe dali, numa micareta qualquer, o traidor do movimento fazi ao que sempre fez de melhor. Em cima do trio elétrico cantava em alto e bom som:

- Sou Chicleterooooooooooooooooooooooooô!!!!!!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Porto Alegre noite adentro

Após várias horas de viagem por estradas de chão esburacadas, chego a Porto Alegre enjoado e com sono.

Chego a cidade só de passagem, infelizmente sem poder usufruir de tudo que ela me oferece.

Sem muita paciência para procurar por lugares decentes, acabo me hospedando em um hotel pulguento da Voluntários da Pátria, em meio a putas, mendigos e ladrões.

Após uma noite mal dormida resolvo dar uma passeada por ali antes do café da manhã na rodoviária, com direito a pão na chapa e café pingado.

Na esquina da Garibaldi com a Voluntários conheço Verônica, uma puta que me faz lembrar a canção do Odair José, tamanha era sua beleza.

Decido aproveitar que ela trepa por uma mixaria e a levo para conhecer meu s nobres aposentos.

Minha foda matinal me faz perder o ônibus para Caxias, e isso significa que terei mais alguns gastos na capital.

Subo a Barros Cassal, chego na Independência na esperança de tomar uma gelada no Bambus mas logo sou informado que o bar fechou a alguns meses já.

Fodido de raiva volto para meu hotel fedorento, inconformado por ter perdido meu almoço no melhor bar que havia na cidade.