segunda-feira, 24 de maio de 2010

O Tarado.

Era uma vez um tarado que pegava o metrô todo dia as sete da manhã.

Ele era um cara normal, trabalhava 40 horas por semana e pagava seus impostos em dia.

Se bem que considerar alguém como “normal” é muito relativo nos dias de hoje.

Na sociedade moderna, todos nós somos psicopatas em potencial.

Mas naquele dia em especial o tardado estava triste. Não havia conseguido encoxar ninguém e não havia assentos livres perto de mulheres bonitas.

Decidiu trocar de vagão para ver se sua sorte mudava. E mudou. Havia um lugar disponível ao lado da garota mais bonita do trem.

Sem pensar duas vezes correu até lá e sentou-se ao lado dela.

Mal começou a roçar a perna discretamente na perna dela e ela levantou-se, sem ao menos olhar para ele.

-Menos mal que na próxima estação sobem umas estudantes - ele pensou.

Ficou ansioso aguardando quem seria sua vítima, com o suor descendo frio e o coração palpitando.

Quando parecia que nada poderia piorar sua situação, eis que do nada surge um pedreiro suado e de regatas, indo para a obra, e senta-se do seu lado.

Era o fim.


Game Over.

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